Clubland - White's







White's foi fundado em 1693 por um imigrante italiano Francesco Bianco (Bianco-White) no nº 4 da Chesterfield Street como casa especializada na venda de Cacau e Chocolate, na época verdadeiras e caras"delicatesses", e no contexto já explicado por mim no "post" anterior de "Clubland".
O estabelecimento tomou o nome de "Mrs. White's Chocolate House"
Em 1778 mudou-se para os nºs 37-38 de St. James Street.(fig.s)
A rivalidade já existente com o Brook's, do outro lado da rua, foi acentuada a partir de 1783 quando o "White's" se tornou na sede não oficial dos "Tories", ao passo que o Brook's o era respectivamente dos "Whigs" (Conservadosres e Trabalhistas).
Esta tradição manteve-se, com o clube a ser dirigido até recentemente, por Ian Cameron, o pai de David Cameron.
Diga-se de passagem que, todos os conservadores deste clube, passaram por Eton ( ou Harrow) além de outras "ancestral idades" mais longiquas.
Na figura de topo-direita pode ver-se a mítica Bay ( ou Bow ) Window adicionada em 1811, onde estava colocada a famosa mesa onde Beau Brummel reinava e atemorizava até à sua queda ...
A intensidade e a escala das apostas ao jogo e não só, arruinou muitos membros entre outros Brummel, como já vimos.

Sunday, 21 December 2008

CLUBLAND



















Clubland ou o "País dos Clubes" situa-se à volta de uma zona especifica em Londres.
O eixo principal é Pall Mall, o seu cruzamento com Waterloo Place e ainda a área abrangente como St. James Street.
Os Gentlemen's Clubs ( não confundir com a mesma designação para clubes eróticos e locais menos recomendáveis ) foram, e apesar de uma crise de sobrevivência de alguns, ainda são os locais de excelência da vida masculina britânica em sociedade.
Estando a ideia do Clube ligada à exclusividade e a um método rigoroso de selecção dos membros, não só através dos temas e motivações da actividade temática do Clube, mas também, e talvez acima de tudo, através das características de porte , civilidade e "gentlemen-ess", curiosamente os clubes tiveram a sua origem em locais públicos.
Assim a partir do Sec. XVII com a introdução do café da Turquia por David Saunders em 1652, e do Cacau em 1648 pelo frade dominicano Thomas Gage, novos estabelecimentos especializados na venda destes produtos começaram a aparecer, e rápidamente se tornaram locais de convívio, de tertúlia e ... também de jogo.
A popularidade destes estabelecimentos foi tal que no Sec. XVIII já existiam centenas delas em Londres e Westminster.
No entanto o seu carácter público e a sua actividade de jogo implicava promiscuidade social e respectivos perigos ... além do perigo de indiscrição no que respeita os conteúdos e informações das conversas de carácter social, empresarial e politico existia permanentemente o perigo de, através do convívio, ser exposto directamente a criminosos ... e sofrer as consequências disso.
Com efeito os clubes que ainda são considerados o "créme de la créme" de "Clubland" ou seja o "White's", o "Brook's" e o "Boodle's", todos com sedes em St. James Street tiveram a sua origem, quando estes estabelecimentos através da necessidade dos seus membros de exclusividade, selecção e privacidade se tornaram privados, garantindo assim uma qualidade de ambiente e protegendo os seus membros de encontros não pretendidos e de situações indesejadas.
"White's"e "Brook's" apesar das adaptações, fusões e concessões que outros clubes tiveram que fazer para sobreviver a partir dos anos 60, ainda lá estão, incólumes e inabaláveis, na sua tradição de membros da aristocracia e da "landed gentry".
"White's" mantém um sistema de "Blackball"implacável, e cada membro que promova um novo membro, sujeita-se ele próprio a um novo escrutínio .... pois diz a tradição .... cada proposta falhada e "blackballed" transporta em si a expectativa de que o próprio membro promotor apresente a demissão (!).
A seguir a este triunvirato de topo e á parte de excentricidades tais como o "Beaf-steak club" fundado em 1735 e instalado na inesquecível "Shakespeare Tavern" desde 1808 que tinha a particularidade de contar 24 membros (sendo o 25º o Príncipe de Gales ), seguem-se os clubes da "segunda linha".
Mas ainda em relação ao "Beaf-steak" club, os seus membros encontravam-se às cinco horas motivados pelo tema do "Bife" e utilizando-o como pretexto para desenvolver monumentais bebedeiras de Vinho do Porto e Punch ... imaginem-se o estado daqueles figados ...
Os clubes de "segunda linha", só são de segunda na perspectiva dos membros do triiunvirato de St James >Street, pois apresentam as sedes mais magnificas, construidas por grandes arquitectos .... basta pensar no "Athenaeum" e o antigo "United Services" Club, um em frente do outro, e formando urbanisticamente Waterloo Place de forma majestosa.
Estes surgiram à volta da metade do Sec.XIX, quando as "upper middle-classes"e os militares da época Vitoriana, começaram a sentir a necessidade de fundar os seus próprios clubes.














Sunday, 14 December 2008

HARRIS TWEED Chez Moi 5











Dois exemplos bem "patinados" do "bom" Harris tweed, quer dizer dos anos 60 ... Têm um calibre de manta e uma promessa de grande durabilidade.
Um, o verde tem um ticket pocket bem colocado. O outro que aproxima a ideia dum Hacking Jacket não tem ainda cotovoleiras de pele, mas a estrutura do tweed deixa bem ver que já tem muitos anos de aventuras e de sonhos ...
Foram resgatados por mim e salvos do chão no Waterloo Plein (feira da Ladra) de Amsterdão.
Desta qualidade já não se fazem .... o sindroma italiano apoderou-se dos produtores e começaram a diminuir o calibre do "Tweed" ... estes dois foram ainda feitos no U.K. para as ventanias da Escócia e não para as "aventuras" urbanas de Milão (!)

HARRIS TWEED Origens e Evolução (cont.)







Em 1842, Lady Dunmore ( representada na imagem superior numa dramatização histórica ) viúva do Conde de Dunmore impressionada pela fama do tweed produzido nas ilhas, resolveu fazer produzir o "Tartan" Murray, através deste método.
O resultado foi de tal maneira satisfatório que ela dedicou a partir deste momento, grande parte do seu tempo à promoção e divulgação do "tweed" produzido nestas ilhas, que começou a ser divulgado e admirado em todo o Reino Unido.
A Indústria Harris Tweed tinha nascido.
Com o desenvolvimento da fama veio o sucesso comercial e o aumento da procura.
Até 1903 a tecelagem, até há muito pouco tempo circunscrita à dimensão caseira, era na maior parte feita por mulheres. A partir de 1903 com a invenção de um novo tipo de tear, mais eficiente e mais pesado a tecelagem começou a ser desempenhada por homens.
A partir de 1906 e depois da criação da marca em 1905 esforços conjuntos e estratégias organizadas foram desenvolvidas.
Assim foi criado a famosa etiqueta- certificado que comprova exclusivamente a autenticidade de proveniência e de fabrico de cada peça de harris tweed.
A Marca passou a ser registada em 1910 e em 1911 cada peça produzida começou a ser estampada com o famoso selo.
A produção foi sempre aumentando, sem nunca abdicar das características que tornam o produto único. As melhorias técnicas no processo de tecelagem mantiveram sempre a pureza destas mesmas características.
Isso levou a uma grande variedade de tons conseguidos por mistura de fios na produção do tecido e usando plantas locais, dentro da tradição secular de tingimento, criando mesmo dentro dos temas, peças únicas e muito procuradas pela Meca da Alfaiataria e da Arte Sartorial de Savile Row em Londres.
Infelizmente desde os anos 90, os problemas têm-se vindo a acumular com despedimentos e globalização da produção, chegando a falar-se numa centralização e redução das peças a quatro tipos.
Embora alguns pequenos produtores ainda resistam, teme-se o pior ...(!)
Portanto gentlemen, guardem os vossos Harris Tweed como aristocratas ameaçados ...

HARRIS TWEED Origens e Evolução







Harris tweed é exclusivamente produzido desde tempos imemoriáveis pelos habitantes de um grupo de ilhas situadas no mais norte da Escócia, entre as "Highlands" e o Atlântico Norte.
Este grupo de ilhas chamadas de "Outer Hebrides"é constituído por ilhas com nomes como Lewis, Harris,Ulst e Barra. O trabalho artesanal e manual dos seus habitantes mantém vivo este verdadeiro mito do têxtil com textura, cores e organicidade únicas.
As caracteristicas ancestrais de produção nestas ilhas deste tecido mantiveram-se inalteradas até mesmo depois do resto da Escócia se ter convertido aos processos mecanizados de tecelagem de Tweed, através da Revolução Industrial.
Até meados do Sec. XIX a produção garantida pelos ilhéus, apesar da fama da qualidade produzida nas ilhas de Lewis e Harris, destinava-se ao consumo próprio e aos mercados locais.

HARRIS TWEED ( Escócia )















Quando se fala de "tweed", fala-se da Escócia e das suas fantásticas paisagens, com tons inimitáveis entre a sua subtil variedade vegetal e a sua riqueza geológica, entre montes e vales, bosques e florestas, lagos e montanhas e ... sempre ... a dinâmica do vento e da chuva.

Esta paisagem está também presente na "paisagem" microcósmica de uma peça ou de um retalho de "tweed".
Isto advém do facto que Harris Tweed, apesar de uma mecanização ao nível do tear, continuar a ser um produto totalmente puro e natural, feito numa "alquimia" de diversas fases de tratamento manual da lã, num processo completamente artesanal.
Aliás a famosa etiqueta é muito mais do que uma marca, mas sim um selo ou atestado de autenticidade concedido pela "Harris Tweed Authority"e indicando o número de Lote.
Embora as nuvens ameaçadoras se acumulem no horizonte, receando-se mesmo pela sobrevivência deste método único e tradicional, ele pertence ao multisecular património europeu e constitui um conceito imprescendivel e altamente apreciado por milhares e milhares de gentlemen.






Friday, 12 December 2008

THE SARTORIALIST





The Sartorialist é um já famoso blog onde imagens são "apanhadas" na rua ... Aqui ficam alguns "Gents"












MONARQUIA



O Gentleman é Naturalmente, Meta fisicamente e Intrinsecamente Monárquico.
Em Portugal faz-se ainda uma associação à ideia do regime Monárquico como algo para uma minoria excêntrica, serôdia, reaccionária e obcecada com títulos, pergaminhos e privilégios.
Bem sei que em Portugal no que respeita as ideias monárquicas, os desenvolvimentos de algumas manifestações, confirmam as piores tendências e "clichés" face à opinião pública, e Portugal tem nesta área uma representação fraca.
Mas se nos dirigirmos às sociedades mais avançadas na área da Democracia, Justiça Social, Direitos Humanos, Distribuição de Riqueza, Investimento na Educação verificaremos que todas elas são Monarquias Constitucionais ... e grande parte delas concentradas no Norte da Europa e Escandinávia.
A Monarquia Constitucional Democrática resolve a questão da Transcendência da representação do Estado em relação à usura dos ciclos políticos e salvaguarda a Democracia da erosão provocada pela incompetência dos políticos.
Curiosamente ela tem uma ligação directa à cidadania e segue naturalmente como vocação, os apelos e preocupações cívicas.
Ela garante também todo o simbolismo e cerimonial do Estado de forma única e torna-o em algo vivo e participado.
Acima de tudo, vemos que a Monarquia é algo que funciona ... que cumpre a sua função inspiradora, estimulante e práctica.
Sendo o regime de Estado, no maior número de casos em Países Protestantes, devido ao espírito critico, práctico e funcional dos seus habitantes, ela nunca se manteria se fosse algo inadequado ao seu tempo e às exigências da actualidade no seu funcionamento.

Thursday, 11 December 2008

"Chez Moi" 4





Como me referi no post de "Beau Brummel" ao "Riding Coat", aqui está o verdadeiro "tweedy" riding coat contemporâneo. Se aumentarem as imagens através do "click" em cada uma, vão se aperceber da estrutura sublime da construção do casaco .... o que torna os alfaiates em verdadeiros engenheiros e arquitectos ...
Claro que esta peça é um verdadeiro exemplo do "bespoke cut" que consagrou Savile Row.
Foi encontrado em Amsterdão numa loja de 2ª mão "Vintage", tal como aquela que eu já ilustrei na Alemanha.
Está-me que nem uma luva ... e claro ... na região do peito enchido a crina de cavalo ...
A magnifica reprodução a óleo e em painel de madeira da série dos Vice-Reis da Índia Portuguesa, neste caso o grande Vasco da Gama .... foi encontrada num momento único de sintonia do Acaso, ou Destino, num canto esquecido da feira da Ladra.

"Beau Brummel" O Arquétipo do Dandy.



















































George Bryan Brummel ( 1778- 1840 )
George Bryan Brummel que ficou eternizado sobre o cognome de "Beau Brummel"desenvolveu uma postura e uma filosofia de vida que o tornou na referência do conceito do "Dandy" e num temido oráculo da estética, do "gout"e do estilo.


Este poder era exercido com a convicção de alguém que o tinha conquistado individualmente e consolidado socialmente, através da sua amizade influente e protectora com o Principe Regente George (filho de George III e mais tarde coroado como George IV).


Ele era também exercido através de uma grande capacidade de sagacidade, ironia e "esgrima" verbal, que lhe angariou fama e que o tornou temido na sociedade londrina, mas também que iria ser a causa da sua perdição, num "faux pas" verbal, dirigido ao seu real protector e amigo, única garantia contra os seus inimigos e credores.
Embora "Beau Brummel"tenha alcançado as mais altas esferas das "Upper Classes" inglesas da época "Regency", ele não nasceu aristocrata. Ele nasceu em Londres em 1778 como George Bryan Brummel, filho de um primeiro secretário de Lord North que desempenhava as funções de Primeiro ministro no reinado de George III.


O avô de Brummel era um humilde lojista na Paróquia de St. James em Londres.


No entanto terá sido através do ambiente em que seu pai exercia o seu cargo, que Brummel terá tido o seu contacto desde a infância com o mundo onde iria, mais tarde, reinar ...


De qualquer maneira, foi-lhe proporcionado o ingresso em Eton, que constituiu uma verdadeira escola onde pode desenvolver os seus atributos, qualidades, talentos e "network" social que lhe garantiram popularidade entre os alunos e lhe proporcionaram o seu ingresso no Oriel College em Oxford. (também ilustrado neste post)


As qualidades de eloquência sagaz e trocista que iriam caracterizar o seu discurso em sociedade, já estavam de certeza presentes no talento literário que revelou em Oxford ao ganhar o segundo prémio no Newdigate Prize.


A sua fama chegou ao Principe Regente, mais velho que Brummel, que lhe arranjou um posto como capitão do regimento de Cavalaria dos "Tenth Hussars"(1794) , que portavam um impressionante uniforme onde Brummel podia brilhar em Sociedade. É neste período que a sua relação com o príncipe se torna muito chegada.


O seu porte, maneiras e observações tornaram-no num verdadeiro e temido "arbitum elegantarium", tornando-se no verdadeiro oráculo do gosto e das elegâncias da Corte.


Ora, por esta descrição, o leitor irá imaginar que o conceito de estilo desenvolvido por Brummel era caracterizado pelo exagero, o excesso tanto na cor como no detalhe, pelo histerismo e hedonismo no porte e nas maneiras...


Nada poderia estar mais errado. Brummel "cristalizou" num estilo quase uniforme as tendências que a moda masculina tinham vindo a desenvolver a partir dos finais do Sec. XVIII, com a libertação progressiva da moda da Corte Francesa, baseada nas sedas, nas cores e decorações frívolas e exageradas, através da influência do traje do fidalgo inglês campestre, traje simples e prático e funcionalmente determinado pela equitação e vida ao ar livre.


Os elementos desta nova receita redutora estão bem patentes na figura da direita e na sua legenda. A substituição definitiva do calção e meia pela calça de montar de cor bege e em pele, acompanhada por um colete da mesma cor. A "cristalização" da "reddingote" (riding coat) num casaco azul escuro com botões de latão. A camisa de linho branco e respectiva gravata do mesmo material e cor, que Brummel leva à arte suprema da higiene e brancura. O corte neo-clássico do cabelo à "Titus", ou seja inspirado nos bustos romanos.


E ACIMA DE TUDO, uma higiene exaustiva do corpo, dos cabelos, da barba levando o todo a um escanhoamento de quase polimento da pele.


Polimento também é como se classificar o tratamento dado às botas "à Hussard", onde mesmo as solas eram engraxadas...


Brummel desenvolveu pois um verdadeiro uniforme fixo e que nunca mudava, podendo encontrar a excelência no corte e na linha da indumentária e no grau de higiene do corpo.


A isto acrescia uma subtileza do porte, das maneiras, contido, numa elegância nunca efeminizada... Talvez o ideal de Brummel tivesse sido enunciado nos finais do Sec.XVIII por Winkelmann, quando, referindo-se à estatuária Grega do Classicismo, a descrevia numa formula ideal : "Noble Simplicity, Quite Grandeur"...


Bem ... o ideal era este, mas a vida de Brummel tendia para os gastos excessivos e para as perdas ao jogo .... Em 1799 com a morte do pai, ele herda a simpática quantia de 30.000 libras, o que lhe permitiu agravar ainda mais o seu estilo de vida dispendioso.


Estes excessos eram-lhe perdoados pela influência do seu papel social. Ele reinava e aterrorizava os mais inseguros no Clube "WHITE'S ( ainda existente) e tudo lhe era perdoado através da influência do Príncipe .... até um dia onde o seu estilo de vida, as suas dividas, levaram a tensões crescentes ... e a um "faux pas" com o seu protector.


Estando Brummel a perder progressivamente o controle sobre as consequências do seu estilo de vida, um dia, encontra um amigo seu na companhia do Principe e lança a frase fatal referindo-se â silhueta do mesmo príncipe "Who is your fat friend"?


A partir daí, deste fatidico momento, a queda de Brummel toma lugar, sendo obrigado a fugir para França dos credores e de uma Sociedade cada vez mais hostil (1816).


Em França os problemas amontoam-se, e escapa à prisão por dividas através de um posto de Consul que alguns amigos ainda lhe conseguem arranjar (1830-1832).


Mas a decadência acentua-se a todos os niveis . Também na aparência. Acaba por ser internado num Manicómio em Caen ( Asilo do Bon Sauveur).


Mas para Brummel, o anterior "Beau" já não havia salvação. Acaba por morrer na mais profunda miséria no mesmo Asilo em 1840.

Wednesday, 10 December 2008

An officer, a Gentleman and a Dandy ?






















Embora à primeira vista este oficial a que os ingleses chamariam um "Heavy Swell", expressão mais forte do que "snob", não nos parece a personagem ideal para comandar a definitiva Carga de Cavalaria da Brigada Ligeira, as aparências muitas vezes iludem .... Estou neste momento a pensar no papel com um perfil deste género, que Michael Caine desempenha no inesquecivel "Zulu", onde o seu poder persuasivo com a ajuda de outros oficiais e dentro da arte inimitável britânica do "Bluff-Stiff Upper Lip" leva a que uma guarnição de algumas dezenas de homens resistam aos ataques de milhares e milhares de Zulus.
De qualquer maneira a outra associação possivel é com aquele que ficou na história como o arquétipo do Dandy .... Beau Brummel ... e eu explico porquê no post que se segue ...

Sunday, 7 December 2008

"Chez moi" 3


Mais uma variante ao tema "Covert Coat".
Aqui trata-se de uma gabardine muito leve e só com meio forro, ideal para dias chuvosos e não tão frios ... O "paramento" que não é mais do que um algodão estampado mas com grande carga decorativa foi encontrado já há anos em plena Rua do Capelão a servir de divisória-corta vento numa bancada de legumes em pleno passeio (!)
Depois desta "thrilling" descoberta, só restava uma passagem pela Rua da Conceição para adquirir uma simples fita amarela afim de o "emoldurar"... e aqui está o "toldo" heráldico salvo e orgulhosamente a desempenhar a sua função ...

For He's a jolly good fella !











Finalmente a SIC Notícias apresentou os dois programas da conceituada série "Panorama" da BBC, dedicados aos 60 anos do tão mal conhecido e injustiçado Príncipe Carlos .



Para aqueles que acompanham há muitos anos o percurso deste Príncipe que faz justiça através dos seus actos, e SIM, também através da sua postura à divisa que transporta "Ich Dien", num sentimento de responsabilidade permanente ou de "Oblige", aquilo que foi revelado nestes dois documentários não surpreende.
As suas várias organizações de Solidariedade Social, de Estimulo, Apoio e Ajuda aos mais desfavorecidos ... o seu trabalho permanente de "Lobby" perante os Ricos e Poderosos afim de apoiarem as suas Causas Cívicas ... as suas intervenções em prol da defesa do Património Cultural e principalmente a sua atitude critica no que respeita os Arquitectos na sua incapacidade demonstrada de criar contextos e "habitats" equilibrados e inspiradores ... a sua defesa incondicional da Agricultura Biológica e da Medicina Alternativa ... A sua Consciência Ecológica e Ambiental que o tornam no verdadeiro pioneiro e visionário da mentalidade presentemente instalada ... transformam-no num verdadeiro símbolo vivo do "Green Aristos".
Vale a pena informarem-se, por exemplo, sobre a cidade exemplo que ele construiu em Pondbury ou sobre as suas quintas no Ducado de Cornwall.
For he's a Jolly Good Fella !!